Fig.1 Campylobacter jejuni: do fundo do mar para o intestino humano |
A descoberta está na edição desta semana da revista científica americana "PNAS". A equipa chefiada por Satoshi Nakagawa, da Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia Marinha e Terrestre, conduziu uma análise genética de duas bactérias, a Sulfurovum e a Nitratiruptor, que são comuns nos ecossistemas bizarros e complexos das chaminés termais submarinas. Essas chaminés são fissuras no solo marinho que, aquecidas pelas camadas interiores da Terra, produzem jatos de água a altas temperaturas.
Chaminés submarinas ainda abrigam bactérias cujos genes teriam sido cruciais para propiciar virulência de patógenos |
No entanto, a análise detalhada de DNA feita por Nakagawa e os seus colegas revelou que as bactérias que afectam seres humanos compartilham uma série de genes essenciais com os microrganismos submarinos. E são esses genes que têm relação direta com uma propriedade chamada virulência - nada a ver com vírus, apesar do nome. Quanto mais virulenta uma bactéria, mais ela é capaz de causar uma doença, aumentando a sua capacidade de invadir e colonizar o corpo humano, entre outras coisas.
Assim, as bactérias do intestino e do estômago podem ter "aprendido" a fixar-se com força num ambiente inóspito no fundo do mar antes de usar essa capacidade na invasão de hospedeiros.
Esta notícia foi retirada do site http://www.globo.com/
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